Mais um sábado de frio e nos preâmbulos deste bosque que rodeia a nossa casa, os mistérios do mato tingido de branco fazem-me (outra vez) sair do quentinho em prol do meu instinto de explorador. O silêncio desta floresta escondida no meio da civilização deixa-me perplexo em cada visita e uma vez mais, a minha paixão pela natureza é recompensada com imagens escondidas neste cenário do norte da Europa.
Apesar da brisa gélida, há sempre vida no bosque. Casais que saem num passeio romântico, pessoas das mais diversas idades com os seus cães, grupos de gente que se encontra e desencontra nos caminhos labirínticos que o manto branco camufla e confunde.
Do outro lado do bosque deparo-me com um imenso lago, o maior de todos nesta área e está completamente congelado. Numa sequência que copia os contornos das margens, centenas de pessoas estão reunidas numa dança invernal em jeito de patinagem, seguindo-se mutuamente. Uma fila de gente (contínua) move-se por essas águas congeladas e terminam no ponto de partida, onde um vizinho com habilidades comerciais decidiu montar uma banca de comidas no terraço da sua casa e vende aos visitantes
Erwtensoep bem quente, para aconchegar um pouco do frio instalado. Um grupo de amigos joga hóquei enquanto famílias inteiras se despedem do lago e voltam para o calor das suas casas.
Desde pontos de vista inéditos no meio da água congelada, vislumbro facetas da paisagem que não poderia ver de outra forma. Ás vezes torna-se um pouco surrealista e fico confundido com a minha fascinação. Encontro-me desencontrado no meio da magia cultural que me trouxe até aqui...
Pôr do sol
Uma onda em expansão que se congelou?
Afluente do lago
Só quem não tenta é que não erra
Family photo
Hora de ir para casa
Koek en zopie!
Profundidade do gelo
A igreja vista desde o canal
Hóquei
Limbo
À tarde no lago
Final de tarde no bosque
O inóspito dentro da civilização
Silêncio branco
Vacas das highlands escocesas (again)